O próximo dia 31 de setembro foi o prazo estabelecido pelo juiz federal da 1º Vara Trabalhista da comarca de Parauapebas, Jônatas Andrade (foto), para que a Coomigasp apresente um relatório apontando quais os precatórios são legítimos e quais os que foram montados mediante fraude. Para esta nova audiência a Coomigasp já tem a lista de credores que foram empregados na cooperativa e que realmente trabalharam e tem dinheiro a receber e a lista dos que nunca trabalharam ou nunca forneceram absolutamente nada a cooperativa e que incluiu ainda os que supersaturaram, ou seja, aumentaram o valor do tem direito a receber. Nesta situação, de acordo com os levantamentos já realizados pelo setor jurídico da cooperativa, existem pelos menos 39 dos 68 credores que praticaram o estelionato processual contra a própria justiça.
O advogado Daniel Vilas Boas que vem acompanhado os casos dos precatórios fraudulentos deixou claro que no que diz respeito à primeira lista que constam os créditos verdadeiros a cooperativa só irá pagar no momento que houver recursos para sanar essas dividas. Ao juiz trabalhista de Parauapebas a cooperativa irá apresentar um plano de pagamento com o qual irá cumprir.
“Quanto aos créditos fraudulentos ou superfaturados não haverá nenhum plano de pagamento, todos serão objetos de ferrenhos combates judiciais”, avisou Vilas Boas. Por outro lado os depoimentos das oito testemunhas realizados na 2ª Vara Cível de Imperatriz – Maranhão - serão enviados a Superintendência da Policia Federal em Brasília. No final do mês de janeiro passado o senador Lobão Filho (PMDB-MA) acompanho pelos dirigentes da Agasp Brasil entregou farta documentação com todos os precatórios fraudulentos para que fosse iniciada uma investigação. Na época a PF precisaria de mais dados sobre o assunto.
Os depoimentos realizados perante ao juízo de Imperatriz irão reforçar nas investigações policiais. Para o advogado da Coomigasp a derrubada de todos esses créditos fraudulentos só será cercada de sucesso se alem da estratégia jurídica que vem sendo realizada pela cooperativa, haja a necessidade de se colocar em pratica também uma estratégia política. Vilas Boas é de acordo que as autoridades tanto do plano federal como no estadual sejam chamadas a participar dessa luta ajudando a cooperativa na guerra pela anulação dos créditos fraudulentos.
“Autoridades a exemplo do senador Lobão Filho que já tomaram conhecimento dessa situação parecem muito sensível a esta causa. As fraudes saltam aos olhos. É muito facial verificar de que há créditos absurdos e totalmente inexistentes. Por tanto é importante que as lideranças garimpeiras através de suas entidades, a exemplo da Agasp Brasil, façam o esforço político para mostrar a estas autoridades do governo federal, estadual e ao próprio Ministério Publico de que hoje existem provas contundentes através de depoimentos prestados na justiça como aconteceu na comarca de Imperatriz. Penso que qualquer iniciativa dessas autoridades vem somar bastante para que essa farsa caia por terra. Penso ainda que esse esforço político é um propósito muito legitimo. Não podemos nem imaginar se um dia a cooperativa alcançar esse sonho que é de explorar os recursos minerais existentes em Serra Pelada e esse dinheiro ter que parar nas mãos de meia dúzia de fraudadores e inescrupulosos salafrários que no fundo estão aí para garfar o dinheiro dos garimpeiros. Por tanto está na hora de todos formar o grande laço de união para que tudo isso possa definitivamente ser derrubado”, pregou Daniel Vilas Boas.
A entrevista com Daniel Vilas Boas encontra-se no programa da Radio Web Garimpeira de hoje, segunda-feira,20 de julho. Para ouvir é só clicar no botão “tocar” no topo da pagina ao seu lado direito. Boa escuta.
Relação das Penhoras:
1-Carta precatória 94.2887-3
Norte Transportes Rodoviária
Valor : R$60.355. 900,59
Secenta milhões trezentos e cinqüenta e cinco mil novecentos reais e cinqüenta e nove centavos)
2-Mandato de Penhora 48.712/97
Reis Factoring Ltda.
Valor : R$ 19.930.546,30
(Dezenove Milhões novecentos e trinta mil quinhentos e quarenta e seis reais e trinta centavos)
3-Carta Precatória 90.2498 –6
Motriz Com. de Trat. Peças Serv. e Constr. Ltda
Valor: R$ 17.462.996,50
(Dezessete Milhões quatrocentos e sessenta e dois mil novecentos noventa e seis reais e cinqüenta centavos)
4-Carta Precatória 91.6688-5
Alberto Tavares Duarte
Valor : R$ 96.160.176,00
(Noventa e seis Milhões cento e sessenta mil cento e setenta e seis reais)
5-Carta Precatória 91.6659-1
Construtora Dall’Agnol Ltda.
Valor : R$ 23.612.277,12
(Vinte e três milhões seiscentos e doze mil duzentos e setenta e sete reais e doze centavos)
Associação Dos Proprietários de barranco de Serra Pelada. CNPJ:04.000.912/0001-14 Curionópolis-PA Fundada em 20/8/2000
"Não existe corrente forte com elos fracos"
sábado, 12 de março de 2011
sexta-feira, 11 de março de 2011
PROJETO NOVA SERRA PELADA PUBLICA INFORMATIVO
IPor Ana Suzi Rego
Buscando valorizar a mão de obra local, o Projeto Nova Serra Pelada capacita equipes sem qualificação, custeando cursos e treinamentos específicos, e depois contratando para prestar serviços em diversas áreas da empresa. É o caso da equipe de segurança patrimonial, chefiada por Aldinei Martins e formada por 110 homens, sendo 22 de Curionópolis e 88 de Serra Pelada. Os homens da equipe de Martins participaram de um curso de Formação de Vigilantes em Marabá, com duração de 30 dias em 2010, onde receberam treinamentos específicos como defesa pessoal, primeiros socorros, armamentos, munição e tiro, sistema de segurança pública, prevenção e combate a incêndios e criminalística. Existe um projeto para montagem de uma pista para treinamento dentro do Projeto para constante aperfeiçoamento dos vigilantes. A segurança Patrimonial é a responsável pela garantia da integridade dos bens e patrimônio da empresa.
EQUIPAMENTOS ADQUIRIDOS
No dia 22 de fevereiro representantes do Projeto participaram de um leilão para aquisição dos primeiros equipamentos para a usina de beneficiamento do Projeto Nova Serra Pelada. Os equipamentos foram adquiridos da usina desativada de Igarapé Bahia, de propriedade da Vale, pelo valor de 1 milhão de reais. Os equipamentos arrematados foram 1 moinho de bolas, dois compressores de ar estacionários e 2 silos. O moinho é responsável pela cominuição ou diminuição do material proveniente da mina, adequando-o às etapas posteriores de concentração. Os compressores fazem a limpeza e acionamento de equipamentos hidráulicos e os silos permitem a estocagem de material constante para manutenção do ritmo da planta. Os equipamentos adquiridos, por serem usados, passarão por reforma e modernização com um gasto estimado em 750.000,00 (setecentos e cinqüenta mil reais). A economia feita pela aquisição dos equipamentos desativados foi de cerca de 40%. Além disso, o principal motivo que determinou a aquisição foi o prazo. Um moinho novo demora 11 meses para ser entregue, enquanto que o usado, o prazo de instalação e modernização é de três meses.mage/INFORMECOLOSUS.jpg
PORQUE PAROU, PAROU POR QUÊ...
Faz 30 dias que os trabalhos da construção da mina de Serra Pelada seguem no ritimo meio macha lenta no que diz respeito às escavações do túnel. Ninguém sabe por quê. O fato é que o processo desacelerou desde o dia em que o então responsável pelas obras subterrâneas, Luiz Carlos Celaro, foi chamado a Toronto. Celaro já retornou ao Brasil, mas ainda não chegou a Serra Pelada. Talvez por causa do carnaval. No mês passado ele chegou a desmentir a informação publicada no dia 13 de fevereiro aqui no blog da Agasp Brasil de que ele estaria com o pé fora do projeto. No desmentido ele próprio anunciou o nome do engenheiro de mina, Paulo Carneiro, que assumiria o comando das obras subterrânea. Ou seja: fazer o que o Celaro fazia. Pouca coisa se sabe do porque da lentidão das obras subterrâneas que vinham sendo tocadas a todo vapor até janeiro passado. Já a matéria publicada pelo “Brasil Econômico do dia 2 de março o gringo Randy Reichert (foto) anuncia que o novo ciclo do ouro da Serra Pelada a empresa canadense Colossus planeja capitalizar-se na Bovespa. A publicação fala o tempo todo de um projeto como se fosse exclusivo da Colossus. A canadense continua cometendo equívocos e erros na sua forma de se comunicar. O Sergio Cross , contratado pelo projeto para fazer a ponte de ligação com a grande midia está longe de entender que o projeto de Desenvolvimento Mineral de Serra Pelada é fruto de uma parceria e não uma propriedade absoluta da Colossus. Aliás, a Colossus não tem nada. Quem tem é a SPE. Que seus diretores , funcionarios e agregados entendam isso de uma vez por toda.
domingo, 6 de março de 2011
Aliado de Lobão fez acordo de R$ 1 mi com a cooperativa de Serra Pelada
Leonencio Nossa - O Estado de S.Paulo
Planilhas da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) revelam pagamentos da empresa Colossus Minerals Inc., com sede no Canadá, para um escritório de advocacia de São Luís, Maranhão, que defende causas da família do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Dados preliminares indicam que, no período em que o governo analisava o pedido da empresa para explorar o garimpo, foram repassados R$ 200,4 mil para a conta do advogado José Antonio Almeida.
O valor do repasse feito (R$ 200,4 mil) pode ser apenas parte de um acerto maior. Uma minuta de contrato elaborado no período em que Lobão era ministro de Minas e Energia indica que a cooperativa e o escritório fizeram um acordo de R$ 1 milhão.
O advogado, em entrevista ao Estado, nega ter recebido esse valor e não soube dar detalhes sobre os trabalhos jurídicos que teria prestado à cooperativa do garimpo para receber outros honorários.
O advogado, conhecido pelo apelido de Almeidinha, trabalhou na campanha política de Edison Lobão ao governo do Maranhão, em 1990, defendeu o empresário Edinho Lobão, filho do senador, em processo de uma emissora de TV em Imperatriz contra o INSS e atuou em causa do deputado federal José Sarney Filho (PV-MA).
Almeida disse que se aproximou da Coomigasp por intermédio de Valdemar Pereira Falcão, o Valdé, ex-presidente da entidade e politicamente ligado a Lobão.
Dois meses atrás, reportagem do Estado revelou que aliados de Lobão montaram um esquema para controlar o processo de reabertura do garimpo, com criação de empresas de fachada e caixa dois. O senador negou participação no esquema e responsabilizou os aliados por eventuais irregularidades no processo.
Triangulação. O nome de Almeida na lista de recebedores da Coomigasp é peculiar. A cooperativa já dispõe de um grupo próprio de advogados e profissionais que assinam causas da entidade em análises nos tribunais de Justiça do Pará e de Brasília.
É o caso do advogado Antonio José de Mattos, do escritório Malcher Oliveira & Mattos, de Belém, que recebeu R$ 300 mil em duas parcelas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2008.
É o caso também do advogado Jairo Leite, que atuou no Senado e recebe R$ 5.395 por mês.
Foi na gestão do sindicalista Valdé que a Coomigasp acertou com o advogado José Antonio Almeida o pagamento de R$ 1 milhão, que seria feito em duas parcelas em agosto de 2008 e abril de 2009.
O contrato previa a rescisão de outro contrato que acertava salário mensal. Em março de 2008, a entidade registrou um pagamento de R$ 69 mil e três de R$ 4.940. Três meses antes, em dezembro de 2007, às vésperas de Lobão assumir o ministério, o escritório já tinha recebido um pagamento no valor de R$ 47 mil e outro de R$ 4.930.
Antes de chegar à conta de advogados e assessores, havia uma triangulação: o dinheiro da Colossus é repassado para a Coomigasp, que faz a distribuição, segundo admitiu em entrevista ao Estado o atual presidente da cooperativa, Gessé Simão, também ligado a Lobão.
O valor da proposta de contrato é dez vezes maior que o arrecadado pela Coomigasp em mensalidades. Dos 43 mil associados, cerca de 18 mil contribuem mensalmente com R$ 5, o que representa R$ 90 mil no caixa por mês.
A receita da cooperativa, reclamam associados, não dá para pagar despesas básicas, muito menos dar assistência à saúde dos contribuintes. As salas da sede da entidade, uma construção modesta na vila do antigo garimpo, são mobiliadas com cadeiras e mesas quebradas.
No período do contrato e das previsões de pagamento, entre 2007 e 2009, Lobão atuou com empenho no processo de reabertura da mina de Serra Pelada. Num primeiro momento, como senador, ele conseguiu que o governo convencesse a Vale, detentora do garimpo, a transferir para a Coomigasp o direito de exploração da mina.
Depois, viu os aliados que comandavam a cooperativa assinarem um contrato com a empresa canadense de parceria na exploração do garimpo.
A Colossus ficou com 51% das ações de uma empresa criada em parceria com a cooperativa para fazer a exploração, porcentual aumentado depois para 75%. Por fim, no comando Ministério de Minas e Energia, de janeiro de 2008 a março deste ano, Lobão acelerou o processo de tramitação do pedido de concessão de lavra.
PARA ENTENDER
Em cena, os novos "bamburrados"
À época do auge do garimpo de Serra Pelada, os garimpeiros se dividiam entre "bamburrados" - os poucos que encontravam ouro - e "blefados", que nada retiravam da terra. Hoje, antes mesmo da retomada do garimpo, surgem os "novos bamburrados", sete advogados e consultores que recebem repasses volumosos da empresa Colossus por meio da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp).
A lista inclui Antonio Duarte, ex-funcionário do gabinete de Lobão no Senado, Jairo Duarte, ex-assessor do Senado e o advogado Antonio José Mattos.
A exploração de ouro em Serra Pelada teve seu auge em 1983, quando a extração chegou a 13 toneladas e 67 mil garimpeiros. Em 1987, a extração caiu para 2,2 toneladas. Hoje existem 7 mil pessoas na região, que dependem do Bolsa-Família.
Tópicos: , Brasil, Versão impressa
Planilhas da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) revelam pagamentos da empresa Colossus Minerals Inc., com sede no Canadá, para um escritório de advocacia de São Luís, Maranhão, que defende causas da família do senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Dados preliminares indicam que, no período em que o governo analisava o pedido da empresa para explorar o garimpo, foram repassados R$ 200,4 mil para a conta do advogado José Antonio Almeida.
O valor do repasse feito (R$ 200,4 mil) pode ser apenas parte de um acerto maior. Uma minuta de contrato elaborado no período em que Lobão era ministro de Minas e Energia indica que a cooperativa e o escritório fizeram um acordo de R$ 1 milhão.
O advogado, em entrevista ao Estado, nega ter recebido esse valor e não soube dar detalhes sobre os trabalhos jurídicos que teria prestado à cooperativa do garimpo para receber outros honorários.
O advogado, conhecido pelo apelido de Almeidinha, trabalhou na campanha política de Edison Lobão ao governo do Maranhão, em 1990, defendeu o empresário Edinho Lobão, filho do senador, em processo de uma emissora de TV em Imperatriz contra o INSS e atuou em causa do deputado federal José Sarney Filho (PV-MA).
Almeida disse que se aproximou da Coomigasp por intermédio de Valdemar Pereira Falcão, o Valdé, ex-presidente da entidade e politicamente ligado a Lobão.
Dois meses atrás, reportagem do Estado revelou que aliados de Lobão montaram um esquema para controlar o processo de reabertura do garimpo, com criação de empresas de fachada e caixa dois. O senador negou participação no esquema e responsabilizou os aliados por eventuais irregularidades no processo.
Triangulação. O nome de Almeida na lista de recebedores da Coomigasp é peculiar. A cooperativa já dispõe de um grupo próprio de advogados e profissionais que assinam causas da entidade em análises nos tribunais de Justiça do Pará e de Brasília.
É o caso do advogado Antonio José de Mattos, do escritório Malcher Oliveira & Mattos, de Belém, que recebeu R$ 300 mil em duas parcelas, nos meses de janeiro e fevereiro de 2008.
É o caso também do advogado Jairo Leite, que atuou no Senado e recebe R$ 5.395 por mês.
Foi na gestão do sindicalista Valdé que a Coomigasp acertou com o advogado José Antonio Almeida o pagamento de R$ 1 milhão, que seria feito em duas parcelas em agosto de 2008 e abril de 2009.
O contrato previa a rescisão de outro contrato que acertava salário mensal. Em março de 2008, a entidade registrou um pagamento de R$ 69 mil e três de R$ 4.940. Três meses antes, em dezembro de 2007, às vésperas de Lobão assumir o ministério, o escritório já tinha recebido um pagamento no valor de R$ 47 mil e outro de R$ 4.930.
Antes de chegar à conta de advogados e assessores, havia uma triangulação: o dinheiro da Colossus é repassado para a Coomigasp, que faz a distribuição, segundo admitiu em entrevista ao Estado o atual presidente da cooperativa, Gessé Simão, também ligado a Lobão.
O valor da proposta de contrato é dez vezes maior que o arrecadado pela Coomigasp em mensalidades. Dos 43 mil associados, cerca de 18 mil contribuem mensalmente com R$ 5, o que representa R$ 90 mil no caixa por mês.
A receita da cooperativa, reclamam associados, não dá para pagar despesas básicas, muito menos dar assistência à saúde dos contribuintes. As salas da sede da entidade, uma construção modesta na vila do antigo garimpo, são mobiliadas com cadeiras e mesas quebradas.
No período do contrato e das previsões de pagamento, entre 2007 e 2009, Lobão atuou com empenho no processo de reabertura da mina de Serra Pelada. Num primeiro momento, como senador, ele conseguiu que o governo convencesse a Vale, detentora do garimpo, a transferir para a Coomigasp o direito de exploração da mina.
Depois, viu os aliados que comandavam a cooperativa assinarem um contrato com a empresa canadense de parceria na exploração do garimpo.
A Colossus ficou com 51% das ações de uma empresa criada em parceria com a cooperativa para fazer a exploração, porcentual aumentado depois para 75%. Por fim, no comando Ministério de Minas e Energia, de janeiro de 2008 a março deste ano, Lobão acelerou o processo de tramitação do pedido de concessão de lavra.
PARA ENTENDER
Em cena, os novos "bamburrados"
À época do auge do garimpo de Serra Pelada, os garimpeiros se dividiam entre "bamburrados" - os poucos que encontravam ouro - e "blefados", que nada retiravam da terra. Hoje, antes mesmo da retomada do garimpo, surgem os "novos bamburrados", sete advogados e consultores que recebem repasses volumosos da empresa Colossus por meio da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp).
A lista inclui Antonio Duarte, ex-funcionário do gabinete de Lobão no Senado, Jairo Duarte, ex-assessor do Senado e o advogado Antonio José Mattos.
A exploração de ouro em Serra Pelada teve seu auge em 1983, quando a extração chegou a 13 toneladas e 67 mil garimpeiros. Em 1987, a extração caiu para 2,2 toneladas. Hoje existem 7 mil pessoas na região, que dependem do Bolsa-Família.
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terça-feira, 1 de março de 2011
Outra face de Serra pelada
A convite, uma equipe de jornalistas de veículos de comunicação de Parauapebas conheceu no último sábado (13) as instalações da empresa Colossus Minerals Inc., que se prepara para explorar ouro no antigo garimpo de Serra Pelada, localizado no município de Curionópolis, sudeste do Pará.
De acordo com a assessora de Imprensa da Colossus, Ana Suzi, todos os veículos de comunicação de Parauapebas foram convidados para ir a Serra Pelada. Atenderam ao convite repórteres e diretores do Jornal O Regional, CORREIO DO TOCANTINS, Correio do Pará, IN-Revista, Site Pebinha de Açúcar, Blog do Zé Dudu e da Agência Bateia.
Ao chegar ao escritório da empresa, na Vila Serra Pelada, a imprensa foi recebida pelo assessor de diretoria da Colossus, engenheiro Luciano Alves de Souza, que conduziu os convidados até os primeiros 57 metros do túnel de 3.930 metros de extensão, 5 metros de largura e 5,5 metros de altura, que está sendo construído pela empresa para explorar ouro até a profundidade 400 metros, em sentido circulatório. O teto da galeria será sustentado por estrutura em aço e concreto e por rochas naturais subterrâneas.
Atendendo questionamento dos repórteres, Luciano Souza informou que a Colossus tem hoje em seus quadros exatos 523 empregados, 73% dos quais referente a mão-de-obra contratada de trabalhadores que moram em municípios da região.
Sem querer revelar a quantidade da reserva de ouro pesquisada em Serra Pelada a ser explorada pela mineradora, por uma questão de estratégia, o assessor explicou que a vida útil da mina é de 10 anos, com produção média de mil toneladas de ouro por ano, cuja exploração do minério deve ser iniciada no final do próximo ano.
GARIMPEIROS
Perguntado pela reportagem do CORREIO DO TOCANTINS se a Colossus tem alguma proposta para acalentar o sonho e a expectativa esperada há 18 anos por cerca de 40 mil garimpeiros de todo o país em voltar a explorar ouro em Serra Pelada, Luciano Souza respondeu que toda a reserva de ouro pesquisada no garimpo será exclusivamente explorada em cava subterrânea por máquinas, sem a menor possibilidade da presença de garimpeiro na exploração do minério.
Na formação do consórcio Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, entre a Colossus e a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), segundo o assessor, ficou acertado que a Coomigasp vai ficar com 25% da produção do ouro extraído pela empresa em Serra Pelada. “Hoje, muitos desses garimpeiros trabalham na empresa como pedreiros, ajudantes, soldadores, técnicos ambientais e noutras funções”, revela o assessor.
Na explanação de Luciano Souza, ficou claro que toda a responsabilidade em recompensar ou não os garimpeiros é exclusiva da direção da Coomigasp, que deve escolher critérios para distribuir os 25% de faturamento entre seus cooperados.
INVESTIMENTOS
Para perfurar o túnel, a mineradora deve receber nos próximos dias duas máquinas de perfuração que custaram cerca de 3,6 milhões de dólares, conhecidas como “tatuzão”, que farão a perfuração de aproximadamente 20 metros por dia da galeria.
Há 3 anos, a Colossus vem investindo em Serra Pelada cerca de R$ 30 milhões somente em pesquisas, fato que vem justificar a afirmação de que o projeto é viável economicamente. A empresa pretende investir US$ 120 milhões até o final de 2011, quando tem início a exploração do ouro.
Segundo estimativa da mineradora, a cada tonelada de material mineral serão apuradas 7 gramas de ouro. Além de ouro, o material explorado tem pequenas quantidades de minério de paládio e de platina, cujo destino a empresa ainda não decidiu o que fazer.
O material extraído da mina subterrânea será transportado por caminhões para uma área externa de 60 hectares, onde será beneficiado por meio de britagens, peneiramento, flotação, espessador e produto final, o ouro puro, que será transportado das minas de helicóptero.
Luciano Souza garante que não haverá impacto ambiental na área industrial, já que o local onde funciona o projeto já havia sido impactado por ocasião do funcionamento do garimpo manual.
Ele informa que a Colossus está instalando na área um viveiro de mudas próximo à mina com mais de 70 mil mudas de 32 diferentes espécies nativas da região para distribuir à comunidade, como incentivo à educação ambiental. (Waldyr Silva, no Jornal Correio do .
Postado por Waldyr Silva às 13:13
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