Associação Dos Proprietários de barranco de Serra Pelada. CNPJ:04.000.912/0001-14 Curionópolis-PA Fundada em 20/8/2000
"Não existe corrente forte com elos fracos"
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
CORRUPÇÃO ATIVA PRATICADA PELA COLOSSUS NO BRASIL SERÁ DENUNCIADA NO CANADÁ.
Um grupo de líderes garimpeiros que integram o Movimento Nacional para Passar a Coomigasp a Limpo está decidido a fundar, nos próximos dias, uma Entidade Associativa, composta apenas por sócios da Coomigasp, com o objetivo de formular denúncias, sobre a prática de corrupção ativa da Colossus no Brasil, junto aos organismos internacionais a exemplo da GOPAC, sigla em inglês da Organização Internacional Global de Parlamentares contra a Corrupção. A GOPAG é uma rede internacional de parlamentares dedicados à boa governança e ao combate à corrupção.
Atualmente, deputados e senadores de 40 países integram a organização, que tem sede em Ottawa (Canadá) e representações nos cinco continentes. Além disso, serão também formuladas as mesmas denúncias diretamente ao Governo do Canadá, cujo dossiê será entregue através do embaixador canadense Jamal Khokhar, em Brasília. A sociedade garimpeira da Coomigasp organizada em torno de uma Associação tem um motivo: defender o seu patrimônio que pelo qual lutou por mais de 30 anos, ou seja, a mina de Serra Pelada.
A Colossus está indo longe demais numa batalha judicial em que engessa a sociedade garimpeira, com o objetivo de impedi-la de realizar uma assembleia geral que visa promover novas eleições, tudo para manter no comando da Coomigasp, uma diretoria cooptada e corrompida por ela como forma de controlar a cooperativa e se apossar totalmente da mina de ouro de Serra Pelada.
Airton Portilho e Vitor Albarado (foto), principais articuladores para a criação da Entidade, criticaram o fato de a Colossus continuar investindo alguns milhões de reais no escritório jurídico “Raimundo Canto”, de Belém, para que seus 17 advogados atuem junto ao fórum judicial de Curionópolis, bem como dentro do Tribunal de Justiça, com a missão de proteger no cargo a corrupta e impostora diretoria destituída da Coomigasp e impedir que os garimpeiros exerçam o seu direito democrático de realizar a sua assembleia geral, conforme preconiza o Estatuto da cooperativa, a Lei do Cooperativismo e a Constituição Federal.
“Esse comportamento da Colossus é quem está empurrando a parceria feita em 2007 com a Coomigasp para o fundo do buraco. Esse projeto de exploração da mina pode não prosperar porque tem sido bom apenas para os gringos e para meia dúzia de salafrários. Os gringos assumem lá fora uma postura de considerar a sociedade garimpeira como “desorganizada” e insistem em divulgar no Canadá que o projeto não avança tendo em vista que o Brasil é um país atrasado, dominado por pessoas corruptas. O garimpeiro jamais aceita ser enganado. Isso vai ter que mudar se é que a Colossus realmente deseje que essa parceria continue”, observou Vitor Albarado.
“A principal missão da associação que será criada inicialmente pela vontade dos quase seis mil sócios da cooperativa que assinaram o abaixo-assinado que convocou a assembleia geral do dia 14 de outubro é a de fazer chegar ao conhecimento do Governo do Canadá o ambiente promíscuo e corrupto montado por uma empresa canadense que afronta as leis brasileiras e engana milhares de pobres garimpeiros, bem como milhares de pequenos investidores do próprio Canadá. Temos que mostrar às autoridades brasileiras e canadenses a forma como o Poder Judiciário e o Ministério Público estão sendo usados para amarrar os garimpeiros enquanto a Colossus se apropria indevidamente do patrimônio dos cooperados da Coomigasp”, disse Airton Portilho.
“A Colossus quando fez a parceria com a Coomigasp não tinha o capital suficiente para fazer pesquisas. Em nome do maior e mais rico garimpo do mundo, a Colossus conseguiu captar na Bolsa de Toronto quase um bilhão de reais , dinheiro que só serviu para fazer o bamburro dos gringos e para promover a corrupção que enlameia hoje o nome da nossa cooperativa. Todos sabem que o principal biombo desses acontecimentos está dentro da SPCDM, cujo sócio majoritário, com a fraudulenta participação de 75% das ações, é a Colossus”, explicou por sua vez Vitor Albarado.
Ele destaca a necessidade da criação da Entidade representativa dos sócios da Coomigasp para que possa, efetivamente, defender o patrimônio dos garimpeiros, que vem sendo usurpado pela Colossus. “Vamos montar um dossiê com documentos comprobatórios, principalmente com as denúncias feitas pelo Ministério Publico do Pará com base nas informações do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que apontaram um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro dentro da SPCDM”, afirmou o líder garimpeiro.
O COAF é um órgão governamental, ligado à Receita Federal, que tem a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas à lavagem de dinheiro.
A urgência de fundar a Associação dos sócios da Coomigasp, segundo Vitor Albarado e Airton Portilho , é para que essas denúncias de corrupção ativa praticadas pela empresa canadense sejam formalizadas aos vários organismos internacionais, antes do final do ano. A minuta do Estatuto Social da Entidade já foi feita e a construção do site da Associação de Defesa do Patrimônio Garimpeiro (ADEPAG) já está sendo providenciado. Aguardem.
NOTICIAS SOBRE O AGRAVO
O gabinete do desembargador Ricardo Nunes do Tribunal de Justiça do Pará informou ontem aos advogados que defende o direito da sociedade garimpeira da Coomigasp a realizar a sua assembleia geral para eleger uma nova diretoria que o Agravo de Instrumento só será apreciado na próxima segunda-feira. Como presidente do Tribunal Regional Eleitoral, o desembargador Ricardo Nunes estará conduzindo as sessões deliberativas nesta quinta e sexta-feira do T R E. Portanto, o mais provável é que a sua decisão sobre o agravo de instrumento impetrado pelo povo garimpeiro saia no início da próxima semana. Vamos aguardar.
Da redação com Agasp Brasil
Mineradora canadense descobre dois depósitos de ouro em Serra Pelada
TORONTO – A mineradora canadense Colossus Minerals encontrou dois depósitos inesperados com alta concentração de ouro e platina no seu projeto de Serra Pelada, no Pará, aumentando as expectativas de que existam mais reservas minerais ainda não descobertas na região.
A Colossus informou que os depósitos foram encontrados 150 metros ao norte e 50 metros a oeste da zona central de Serra Pelada. A empresa espera escavar mais profundamente a região onde os depósitos foram encontrados para expandir a exploração, de acordo com a porta-voz da Colossus, Kristen LeBlanc. “Nós seríamos loucos se não explorássemos para verificar o que mais existe lá embaixo. Nossa intenção é avançar e encontrar isso”.
Um analista disse que a descoberta de ouro longe da região central de Serra Pelada é uma surpresa. “Nós não esperávamos que houvesse mais reservas por ali. Isso acrescenta tonelagem ao que já havia sido estabelecido. Também é um depósito de um grau muito alto”, comentou o analista, que preferiu não se identificar. A empresa já planejava construir uma mina na área, entretanto, a descoberta torna a mineração nessa região um projeto mais lucrativo, disse o analista.
As ações da empresa subiram com a notícia. “Em um dia em que a maioria das mineradoras está sendo negociada em baixa, isso é razoável? Claro”, comentou o analista. No fim da sessão da Bolsa de Toronto, as ações da Colossus subiam 8,8%.
No terceiro trimestre deste ano a empresa vai começar a construir uma rampa subterrânea para investigar a área onde os novos depósitos foram encontrados. Mas LeBlanc não soube informar quando seria iniciada a construção da mina.
Em julho de 2007, a Colossus fez uma parceria com a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) para explorar 100 hectares de terra em Serra Pelada, onde os novos depósitos foram encontrados. Em março deste ano a Colossus também adquiriu mais de 770 hectares de novos terrenos próximos à região de Serra Pelada, que ainda não foram explorados.
Na década de 1980 Serra Pelada sofreu a maior corrida do ouro da história da América Latina. As informações são da Dow Jones.
Álvaro Campos, da Agência Estado
Sob suspeita de corrupção, Gessé Simão e afastado do Comando da COOMIGASP!
A juíza Aline Machado, da Justiça Estadual da Comarca de Curionópolis, determinou nesta ultima terça-feira (5), o afastamento de Gesse Simão de Melo da presidência da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada – Coomigasp.
A pedido do Ministério Público Estadual, a decisão também autoriza a quebra de sigilo bancário e a completa apuração do gasto de 27 milhões de reais repassados pela Colossus Minerals Inc. à cooperativa. Um oficial de justiça foi enviado ao prédio onde funciona a Coomigasp, mas Gesse Simão não foi encontrado para receber a notificação judicial, apesar de se encontrar em Curionópolis desde ontem pela manhã.
A decisão judicial já era esperada pelos advogados da Coomigasp, que souberam de forma antecipada, ao serem informados sobre a montoeira de processos protocolados no Fórum de Curionópolis e na promotoria Publica da cidade, por uma equipe da Policia federal que esteve no final da semana passada em Curionópolis.
A farta documentação alertava tanto o promotor público, Hilio Rubens Pinho Pereira, quanto à juíza substituta, Aline Machado, da necessidade de afastar o presidente da cooperativa, no sentido de apurar as denúncias de improbidade administrativa que vinham sendo cometidas por Gessé e sua turma. Na esteira das denúncias se destacam aquelas referentes às prestações de contas ocorridas nos últimos três anos, que, somados com os gastos nos últimos cinco meses, chegam há mais de 60 milhões de reais.
Além disso, há denúncias de que toda a dinheirama recebida através de mútuos (empréstimos) da Colossus entrou por contas particulares de diretores e não da conta jurídica da cooperativa, como manda a lei. A juíza Aline Machado também ficou sabendo sobre a enorme dívida que já chega a 3 milhões de reais que a Coomigasp deve na praça de Curionópolis a fornecedores e aos seus próprios funcionários, que estão com salários atrasados há cinco meses.
Já no âmbito do Ministério Público Federal do Pará, a escandalosa gestão de Gesse Simão está sendo alvo de investigações no que diz respeito à relação de parceria que a Cooperativa tem com a Colossus. As denúncias de conluio entre Jairo e Gessé para favorecer o grupo canadense é motivo também de investigação. Até o final da noite de ontem (5), o oficial não conseguiu notificar Gesse. Hoje, a juíza Aline Machado está enviando a notificação do seu afastamento do comando da Coomigasp para a sua residência em Imperatriz no Maranhão.
Com o afastamento de Gessé, quem responde pela presidência da cooperativa é o diretor administrativo, Valder Falcão, até que cesse a decisão judicial. Porém o Conselho Fiscal deve se reunir ainda hoje para tomar uma decisão que já deveria ter tomado: o afastamento de Gessé e do diretor financeiro, Marco Antonio Poliplaca, e convocar de imediato a assembléia geral da sociedade para decidir o que fazer. A justiça também mandou anular todos os atos e decisões tomadas de forma unilateral por Gessé Simão, como as fajutas portarias assinadas por ele, ameaçando de expulsão os garimpeiros na tentativa de impedir o livre direito da sociedade de se manifestar através de uma assembléia geral .
Agasp Brasil
Serra Pelada: acordos, corrupção, burocracia e esperança. O que realmente acontece no outrora maior garimpo de ouro do mundo?
Em janeiro de 2010, saiu a primeira nota comunicando que o presidente Lula, acompanhado da Ministra Dilma Rousseff e do Ministro Edison Lobão iria desembarcar em Serra Pelada, para lá, na presença de vinte mil garimpeiros, entregar o Alvará de lavra de Serra Pelada. Na época, o evento estava marcado para acontecer durante o mês de fevereiro, pois a Coomigasp aguardava tão somente a aprovação do Plano de Aproveitamento Econômico (PAE) pelo 5º Distrito do DNPM do Pará.
A tão sonhada licença para exploração do garimpo só seria expedida em 26 de abril de 2010. Aparadas ainda algumas arestas burocráticas, a data da visita de Lula e comitiva ao garimpo foi, novamente, marcada para o dia 7 de maio.
Um dia antes da data marcada para a visita do presidente e comitiva ao garimpo de Serra Pelada, ela foi cancelada. A burocracia nos trâmites para a concessão do Alvará de lavra teria sido o motivo do cancelamento.
A entrega do Alvará foi feita sem a presença do presidente, que mesmo estando a pouco mais de 100 km do garimpo, quando de sua visita ao município de Marabá, não se fez presente em Serra Pelada. À época, a assessoria presidencial alegou o curto tempo na agenda para o cancelamento. Lula esteve em Altamira, onde um forte aparato repressivo impediu as pouco mais de cinco mil pessoas que foram recepcioná-lo de se aproximarem do popular presidente, depois, em Marabá, inaugurou um lote vazio onde futuramente será construída uma Usina de Aço pela Vale. Mas esse é outro tema.
Algo de muito estranho estava escrito nas entrelinhas dessa visita à Curionópolis. A concessão que Lula entregaria, não aos garimpeiros, mas a uma empresa estrangeira, parceira da Associação dos garimpeiros de Serra Pelada, e que por força de um acordo seria a detentora da lavra, estava ainda envolvida em embaraços burocráticos e, apesar de anunciado, ainda não havia sido liberada, só acontecendo após forte pressão de Edison Lobão e da governadora Ana Júlia.
O palanque para Lula e comitiva estava montado em Curionópolis e a visita do presidente era data como certa. Agentes da PF circulavam pela cidade, convites foram enviados e tudo seguia o seu rumo. Até que, poucas horas antes da data prevista, a visita de Lula aos garimpeiros foi abruptamente cancelada da agenda presidencial.
Na semana passada o Estadão noticiou o envolvimento do senador Edison Lobão em um suposto esquema de favorecimento à Colossus, empresa que tocará o garimpo em consórcio com a Cooperativa dos garimpeiros.
Essa denúncia me fez refletir e chegar a seguinte conclusão: se o Palácio do Planalto tinha ou não conhecimento dessa investigação?, só o tempo dirá. Se o ministro Lobão, ora acusado pelo Estadão de montar um esquema político e de financiamento de campanha, tem ou não culpa, só as apurações dirão.
O certo, é que dezenas de milhares de garimpeiros aguardam o desenrolar desse imbróglio que se tornou a reabertura de Serra Pelada. Para eles (garimpeiros), que tem a esperança como maior virtude, o importante é que os trabalhos recomecem. Já para os poucos garimpeiros que até hoje vivem no garimpo, em situação que pode ser considerada de sub-humana, saber realmente o que está acontecendo, quais e que tipo de acordos foram feitos é, no momento, mais importante que a busca pelo precioso metal.
Essa novela que se tornou a reabertura de Serra Pelada, agora envolve, além da esperança do garimpeiro de ver algum lucro advindo daquele rico garimpo, política, política e política. Triste sina, a do garimpeiro!
terça-feira, 10 de setembro de 2013
JUSTIÇA FEDERAL PODE INVALIDAR CONTRATO ENTRE COOMIGASP E COLOSSUS A PEDIDO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Escrito por ASCOM / ADEPAG Ligado 23 Janeiro 2013.
"Caso as denúncias sejam acolhidas a Portaria de Lavra que se encontra em poder da SPCDM poderá retornar para o poder dos garimpeiros",dizem os procuradores da República.
desembargador Carlos Moreira Alves (foto), da sexta turma do Tribunal Regional Federal de Brasília, pode decidir monocraticamente na próxima semana, sobre a Ação Civil Publica n° 1.23.001.000135/2007-90 do Ministério Público Federal, que pede a anulação da assembleia geral da Coomigasp, realizada no dia 28 de agosto de 2010 que ratificou a cessão de direitos minerários relativos ao processo DNPM nº 850.425/1990.
processo pede ainda que seja determinada a suspensão da portaria nº 514 de 07/05/2010 do Ministério de Minas e Energia, a qual a cooperativa outorgou à SPDCM a concessão para lavrar minério de ouro, paládio e platina do garimpo de Serra Pelada e pede ainda o reconhecimento e a declaração de nulidade do “Contrato de Parceria para Desenvolvimento de Empreendimento de Mineração” celebrado em 16 de julho de 2007 entre a COOMIGASP e a COLOSSUS. Caso as denúncias sejam acolhidas a Portaria de Lavra que se encontra em poder da SPCDM poderá retornar para o poder dos garimpeiros.
Ontem, a ADEPAG, Associação de Defesa do Patrimônio dos Garimpeiros Sócios da Coomigasp, teve acesso às informações junto ao gabinete do desembargador federal, Carlos Moreira Alves, onde se encontra a ação civil pública manifestada pelo Ministério Público Federal através dos procuradores da República, Tiago Modesto Rabelo e André Casagrande Raupp. Segundo informações da assessoria do gabinete do desembargador Carlos Moreira Alves o processo foi incluído no pacote do mutirão do TRF depois da sua ultima distribuição ocorrida em 27 de novembro do ano passado e que se encontra na mesa do desembargador para que seja dada a sua decisão final.
Na Ação de Civil Pública do MPF, os procuradores da República fazem um histórico sobre o início do garimpo de Serra Pelada, sobre os direitos que os garimpeiros têm sobre a área e detalham a forma como os milhares de sócios da cooperativa foram enganados na obscura transação feita entre a Coomigasp e a Colossus a partir da primeira assembleia ocorrida em 08 de julho de 2007. Segundo o procurador da República, Tiago Modesto Rabelo (foto), houve desrespeito ao Estatuto da Coomigasp, uma vez que a Assembleia Geral foi convocada para que os garimpeiros tomassem ciência da proposta da Colossus.
“Vale dizer, o objetivo da Assembleia era para apresentar aos cooperados as propostas das empresas interessadas em explorar a mina na área abrangida pelo alvará de pesquisa nº 1485,
e não para votar sua aprovação”, aponta o Dr. Tiago Modesto no bojo da Ação Civil Pública. Ele aponta também aponta que o assessor jurídico da Coomigasp, Jairo Leite Oliveira, maliciosamente e contrariando o parágrafo único do art. 34 do Estatuto Social da cooperativa afirmou que a Assembleia Geral era soberana para decidir qualquer assunto, podendo aprovar o que bem entender, independentemente do que constasse do edital de convocação. No conluio montado por Jairo Leite e Valder Falcão, então presidente da Coomigasp , foi colocada a proposta em votação assunto que não constava da ordem do dia do edital de convocação.
Impende destacar que o então presidente da Coomigasp Valdemar Pereira Falcão, juntamente com a Colossus, lançaram mão de ardil para obter aprovação da proposta que era de 49% para os garimpeiros e 51% para a empresa canadense. Exploraram a ingenuidade e parca instrução dos garimpeiros, fazendo afirmação falsa e distorcida, tudo com o objetivo de direcionar o contrato e lograr intento ilícito, o que resultou em prejuízo aos garimpeiros, consoante a demonstrações de provas”, afirma o procurador federal.
O Dr. Tiago Rabelo e o Dr. André Casagrande Raupp afirmam que uma vez escolhida a proposta apresentada pela Colossus, o contrato de parceria entre a empresa canadense e a cooperativa foi assinado uma semana depois, no dia 16 de julho de 2007, em Marabá.
“Ocorre que mencionada avença não foi submetida à assembleia geral da Coomigasp e nem tampouco foram esclarecidos os termos do acordo. Leve-se em conta ainda que o contrato de parceria não traz a porcentagem que cabe a cada um dos contratantes embora tenha sido colocado de má fé 49% para os garimpeiros e 51 % para a Colossus. No contrato assinado as escondidas por Valdemar Pereira Falcão e pelo diretor de produção, José Raimundo Brandão dentro de um quarto de hotel em Marabá, o que constava, tão somente, era a indicação genérica das participações em dinheiro e ações, no intuito de confundir os associados da Coomigasp que, destituídos de conhecimento para tanto, não conseguiram calcular a real participação da cooperativa”, afirmam os procuradores na ação civil.
Valdemar Pereira Falcão, o advogado Jairo Oliveira Leite, Gesse Simão de Melo e José Raimundo Brandão aparecem na ação civil do Ministerio Público Federal como os principais responsaveis pela pratica do conluio e da corrupção passiva dentro da cooperativa.
A armadilha feita por diretores, advogados da Coomigasp e da Colossus abriu caminho para a edição dos famigerados “termos aditivos” cabendo a Gesse Simão de Melo a completar o golpe final contra os milhares de pobres garimpeiros de Serra Pelada. Para assegurar os seus interesses escusos, Gesse e Jairo Leite fizeram aprovar utilizando os métodos ilegais o Terceiro Aditivo que previa uma drástica redução da participação da Coomigasp de 49% do capital social para 25%, com consequente aumento da percentagem da Colossus de 51% para 75%, e simplesmente retirava os prêmios antes previstos de 80 milhões de reais a 1 bilhão e 90 milhões de reais, que seriam pagos em três anos, independentemente de produção.
Os procuradores explicaram que se a as denúncias constadas na Ação Civil Pública for acolhida pelo desembargador Carlos Moreira Alves do Tribunal Regional Federal, de Brasília, a portaria de lavra que se encontra em poder da SPCDM voltará para o poder da cooperativa de imediato e seus diretores terão que responder criminalmente.
BANDIDOS ENCRENCADOS
Todos os integrantes da Diretoria de Valder Falcão do período de 2006 a 2008 e os integrantes da primeira diretoria de Gesse Simão do período 2009 a 20011, além do espertalhão advogado Jairo Oliveira Leite, fora listados na Ação Civil Pública, que se encontra na mesa de despacho do desembargador Carlos Moreira Alves, como responsáveis pelas maracutaias que beneficiou a empresa Colossus Minerals na usurpação da mina de Serra Pelada. “Só muita cadeia para esses criminosos”, afirmou Airton Portilho, dirigente da ADEPAG ao anunciar que o fim da bandidagem dentro da cooperativa está se aproximando.
Parecer de um conhecedor das praticas de funcionamento do garimpo de Serra Pelada.
Sr. Carlos Cesar, bom dia!
Concordo plenamente com sua observação. Os proprietários de barrancos devem ter um tratamento diferenciado quantos aos direitos adquiridos no garimpo de Serra Pelada. Minha posição sempre foi muito clara quanto a isso. Por tais motivos criei muitos desafetos pois NINGUÉM, SEJA DE QUE SETOR FOR, GOVERNO, GARIMPEIROS, OPORTUNISTAS, EMPRESAS, QUEREM OUVIR FALAR DO ASSUNTO COM MEDO DE PERDER ALGUMA COISA. Por outro lado muitos registros SUMIRAM MISTERIOSAMENTE. Diante de um grande impasse que se circunscrevia na readequação patrocinada pelo governo deu-se preferência pela solução de direitos iguais pressionados e insuflados por um bando de aproveitadores. Entretanto entendo que tais direitos existem e deverão sofrer as devidas reivindicações e que a justiça deverá ser feita.
Pedro Paulo Delfino
Parecer de um Líder Garimpeiro
BOM DIA MEU CARO AMIGO, SR PEDRO PAULO DELFINO,REPEITO MUITO O SEU PONTO DE VISTA, E SEI DA SUA LUTA NA INTENÇÃO DE DEFENDER OS DIREITOS DOS GARIMPEIROS, PRINCIPALMENTE OS DE SERRA PELADA NÃO SE PREOCUPE. EXISTE UM VELHO DITADO: O QUE VEM DE BAIXO NÃO ATINGE NENHUM HOMEM DE BEM COMO, É O SEU CASO! ,
REALMENTE SEMPRE EXISTIU MUITOS APROVEITADORES NO MEIO DOS GARIMPEIROS DE SERRA PELADA,CONFUNDINDO A CABEÇA DOS GARIMPEIROS E QUERENDO PROMOVER-SE A QUALQUER CUSTO, O SR COMO MEMBRO DO NÚCLEO NACIONAL DE APOIO DA CAUSA GARIMPEIRA E GARIMPEIRO CONHECEDOR DAS PRÁTICA DE FUNCIONAMENTO DO ANTIGO GARIMPO DE SERRA PELADA OU SEJA EXISTE O OBJETO PRINCIPAL QUE SÃO OS PROPRIETÁRIO DE BARRANCO, MEIA PRAÇA QUE ERA CATIVO OU LIVRE E RECEBIA CASO O BARRACO PRODUZISSE E O DIARISTA QUE RECEBIA NO FINAL DO DIA DINHEIRO VIVO DOS PROPRIETÁRIOS OU FORNECEDORES DOS BARRANCOS . O Sr CONCORDA QUE NUMA SUPOSTA DIVISÃO ENTRE OS 39.650 SÓCIOS DA COOMIGASP OS DIREITOS SÃO DISTRIBUÍDOS EM PARTES IGUAIS PARA TODOS ? SOMOS SABEDORES QUE A GRANDE MAIORIA DESSES GARIMPEIROS SÓ TEM UMA CARTEIRINHA DE SÓCIO DA COOMIGASP GOSTARIA DE UM PARECER , A SUA OPINIÃO QUANTO AO ASSUNTO É MUITO IMPORTANTE.
PARA MIM SERA HONROSO RECEBER UM RETORNO.
FORTE ABRAÇO,
CARLOS CESAR CERQUEIRA
QUADRILHA ORGANIZADA IMPLANTADA NA COOMIGASP
23/06/2012 16:33
A quadrilha organizada mencionada na ação de Apropriação Indébita, processo nº 2012.2.000296-3, da Comarca de Curionópolis, Estado do Pará, ajuizada pelo MPE contra Gessé Simão e outros, foi instalada na COOMIGASP em 2007, pelos Diretores da COOMIGASP e Colossus, durante o mandato de Valdemar Falcão.
Desde então, para manter as atividades ilegais da quadrilha, a Colossus repassa vultosas importâncias em dinheiro para a Diretoria da COOMIGASP. Tais recursos foram e estão sendo utilizados para corromper, aliciar, subornar, chantagear, intimidar, ameaçar e praticar outras ações condenáveis. Criaram, sem necessidade, grande endividamento da COOMIGASP.
Sem submeter à apreciação da Assembléia Geral dos associados, em julho de 2007, o então Presidente da COOMIGASP, Valdemar Falcão, assinou o Contrato de Parceria, que tomou da COOMIGASP, o direito mineral do Alvará de Pesquisa nº 1485 e deixou para a COOMIGASP de apenas 2% de participação na SPCDM, contrariando as condições da PROPOSTA COMERCIAL da Colossus, irregularmente aprovada na Assembléia Geral de 08/07/2007.
Conforme visto, não se trata de fato novo, estamos denunciando desde 2007. Em 2010, o Ministério Público Federal, recebeu nossas denúncias, ajuizou uma Ação Civil Pública, contra a UNIÃO (Ministério das Minas e Energia e Departamento Nacional de Produção Mineral), Colossus, SPCDM e COOMIGASP, processo nº 6465-45.2010.4.01.3901, tramitou na Vara Federal de Marabá. O Juiz Federal de Marabá acatou argumento da Colossus, declarou a incompetência do MPF para defender os garimpeiros nesta ação. O MPF recorreu da decisão, estamos aguardando decisão de instância superior, de Brasília.
Desta forma, nos últimos 5 anos, para manter o perverso esquema implantado para aprovar assuntos no interesse da Colossus, a COOMIGASP contraiu dívidas mais de 40 milhões de reais, para serem pagos quando iniciar a produção.
PAGAR DÍVIDAS GERADAS PELA PRÁTICA DE CORRUPÇÃO, JAMAIS.
Leia mais: http://www.joaolepos.com/news/quadrilha-organizada-implantada-na-coomigasp/
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Garimpeiros denunciam acordo em Serra Pelada
Garimpeiros ligados à União dos Garimpeiros de Serra Pelada entregaram ao Ministério Público Federal, em Marabá, um relatório pedindo o cancelamento da concessão de lavra de garimpo concedida pelo governo federal à Cooperativa Mista de Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) e à empresa canadense Colossus. De acordo com a denúncia dos garimpeiros, recebida pelos procuradores do MPF, na última assembleia realizada pela Coomigasp, no dia 27 de agosto deste ano, cerca de 4 mil supostos garimpeiros participaram da reunião portando carteiras falsificadas, fabricadas no Estado do Maranhão.
Para comprovar a veracidade das denúncias, os representantes da União de garimpeiros apresentaram aos procuradores, várias cópias autenticadas das carteiras fraudadas. Juntamente com a documentação, os denunciantes anexaram uma listagem do DNPM, dando conta da existência em Serra Pelada, de 3.973 barrancos pertencentes a garimpeiros, sendo que os mesmos jamais venderam as propriedades, possuindo direitos legítimos na área.
No final de agosto, o Ministério Público Federal solicitou à Justiça o cancelamento imediato da portaria do Ministério de Minas e Energia (MME) que autorizou a retomada da exploração da mina de Serra Pelada pela sociedade entre a cooperativa dos garimpeiros e a mineradora canadense Colossus. O pedido foi negado pelo juiz Federal de Marabá, Carlos Henrique Borlido Haddad. De acordo com o MPF, o contrato que criou a sociedade é totalmente irregular e só foi aprovado porque os garimpeiros foram enganados pela diretoria da cooperativa.
Ainda de acordo com os procuradores, as irregularidades começaram em 2007, quando a Coomigasp atrasou a publicação do convite a empresas interessadas em explorar a mina, beneficiando a Colossus, que procurou outra mineradora que tinha contrato com a Coomigasp, a Phoenix Gems, para acertar a participação dessa outra empresa na nova parceria. Em dezembro de 2007, a Colossus e a Coomigasp formalizaram a atuação conjunta, criando a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral. No entanto, a criação dessa sociedade foi feita sem atender ao estatuto da cooperativa.
As votações em assembléia foram realizadas sem terem sido convocadas e, de acordo com depoimentos de garimpeiros ao MPF, a diretoria da cooperativa ameaçava os associados dizendo que se o acordo com a Colossus não fosse aprovado a Coomigasp perderia o direito de explorar a mina. 'Exploraram, pois, a ingenuidade e parca instrução dos garimpeiros, fazendo afirmação falsa e distorcida, tudo com o objetivo de direcionar o contrato e lograr intento ilícito, o que resultou em prejuízo aos garimpeiros', denunciam os procuradores na ação.
Por: O Liberal
Ministério viu vícios, mas deu aval a aliados de Lobão
Em documento assinado por Zimmermann, três dias antes da portaria de licença, pasta admite ter recebido denúncias
Leonencio Nossa
BRASÍLIA - Mesmo admitindo supostos "vícios" e "irregularidades" no processo de reabertura de Serra Pelada, o Ministério de Minas e Energia concedeu a lavra de exploração de ouro do garimpo a grupo de aliados do senador Edison Lobão (PMDB-MA). O Estado teve acesso a cópia de um documento, assinado pelo ministro Márcio Zimmermann em 4 de maio, três dias antes da divulgação da portaria de licença, em que a pasta admite ter recebido denúncias apontando problemas.
Embora feito com anuência do ministério, a pasta tentou manter o sigilo do documento. Trata-se de um termo de compromisso, de cinco páginas, supervisionado e fechado por Zimmerman e pelo diretor do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Cedraz, com dirigentes da Colossus Geologia e Participações Ltda., braço no Brasil da canadense Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, e da Cooperativa Mineral dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que firmaram parceria para explorar ouro, paládio e platina. O termo de compromisso menciona "vícios" e "irregularidades", mas não dá detalhes dos problemas.
O termo de ajuste foi exigido pelo Planalto, que considerou prejudicial aos garimpeiros o acordo que dava à Colossus 75% da participação acionária da empresa criada com a Coomigasp para explorar uma jazida subterrânea - a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral. Os garimpeiros ficavam literalmente com a "lama" do garimpo. O ouro primário poderia ficar quase todo com a Colossus.
Zimmermann, que já admitiu publicamente pressão de Lobão para agilizar o processo de reabertura da mina, ignorou as queixas do Planalto e fechou o termo de compromisso com a manutenção do porcentual de 75% para a Colossus. O ministério só estabeleceu que os 25% da cooperativa não poderiam ser reduzidos.
O documento ainda prevê que, em 180 dias, a Coomigasp deveria realizar uma assembleia para "rediscutir" as cláusulas do contrato com os associados. Não se conhece, no entanto, ata de assembleia da cooperativa com registros de que os garimpeiros tenham aprovado e "discutido" alguma vez o porcentual de 75% para a Colossus. Em 2007, a cooperativa realizou uma assembleia em que ficou definido que os garimpeiros ficariam com 49% e a empresa, com 51%.
Aliado. Em caso de emissão de novas ações e aumento do capital da empresa Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, todas as decisões deveriam ser aprovadas por pelo menos 80% dos sócios, o que não excluiria totalmente os garimpeiros do negócio. A primeira folha do termo de compromisso, porém, já dá sinais de que o esquema tinha seus privilegiados. A Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral é representada pelo geólogo Heleno Costa, da Colossus, e pelo advogado Jairo Leite, ex-assessor de Lobão. Os dois assinam com Zimmermann e Cedraz o termo de compromisso. Outro que assina o documento como representante da Coomigasp é Gessé Simão, presidente da entidade e também aliado do senador. Jairo Leite entrou no negócio sem passar pelo crivo dos garimpeiros.
No domingo e ontem, o Estado divulgou que o processo de reabertura do garimpo está marcado por caixa 2, pagamentos suspeitos a aliados de Lobão, um esquema de mesadas de R$ 900 para 96 moradores de Serra Pelada e a montagem de empresas de fachada no Brasil e no exterior.
Procurados na semana passada e ontem para esclarecer o termo de compromisso e conceder cópia do documento, os assessores de imprensa do Ministério de Minas e Energia disseram que não cabia à pasta divulgar o acordo. O termo de compromisso, no entanto, teve total anuência do ministério. O DNPM também se recusou a apresentar o documento.
Termo de compromisso
Anexado à portaria 514 (assinada por Márcio Zimmermann em Curionópolis, local da mina) o termo dava a concessão de lavra para a Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral.
domingo, 8 de setembro de 2013
Edson Lobão e o Ouro retirado do solo no Brasil, nada consta como Reservas do Tesouro Brasileiro?
Lobão com aval do governo
A exploração do garimpo ganhou força quando Lobão esteve no comando do ministério, de janeiro de 2008 a março de 2010. Com aval do governo, a exploração será feita pela Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, empresa criada a partir de um contrato entre a desconhecida Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, no Canadá, e a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que reúne 40 mil garimpeiros e detém os direitos sobre a mina.
Dilma e o prejuízo aos garimpeiro nada mudou
Por ordem da Presidência, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o ministério tiveram de firmar um termo de compromisso com a Colossus em que a empresa canadense se compromete a ajustar cláusulas do contrato com potencial de prejuízo aos garimpeiros. Até o fechamento desta edição nada havia mudado.
Lobão atuou para conseguir
Nos bastidores, ainda em 2007, como senador, Lobão atuou para conseguir que o governo federal convencesse a Vale, até então detentora da mina, a transferir à cooperativa seus direitos de exploração de ouro e outros metais nobres em Serra Pelada. A Vale submeteu a proposta a seu conselho de administração, que concordou em atender ao pedido de Brasília e, em fevereiro de 2007 assinou um "termo de anuência" repassando à cooperativa dos garimpeiros o direito de explorar a mina principal.
Governo conivente com a exploração do ouro
Em 2009, já com Lobão ministro, o governo fez nova gestão em favor do negócio e obteve da Vale os direitos sobre mais 700 hectares de Serra Pelada.
Lobão atuou dentro e fora do governo
Como senador e depois como ministro, Lobão atuou pessoalmente em várias frentes, dentro e fora do governo, para possibilitar o negócio. Primeiro, operou para formalizar a Coomigasp como proprietária do garimpo.
Lobão lançou nova ofensiva para tomar o controle
Controle. Garantido formalmente o direito da Coomigasp de operar no garimpo, Lobão lançou outra ofensiva. Desta vez, para tomar o controle da cooperativa. Num processo conturbado, marcado por ações judiciais e violência, garimpeiros do Maranhão ligados ao ex-ministro conseguiram assumir a Coomigasp.
Lobão e acordos bombásticos com os concentradores Canadenses
É justamente nessa época que surge a Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, no Canadá. A proposta de contrato com a empresa foi aprovada a toque de caixa pelos associados da cooperativa. Pelo acerto, a Colossus entra com capital e tecnologia e a cooperativa cede seus direitos sobre a mina. Pesquisas autorizadas pelo DNPM indicam haver pelo menos 20 toneladas de ouro no subsolo de Serra Pelada. Geólogos com acesso às sondagens mais recentes afirmam, porém, que a quantidade pode passar de 50 toneladas.
A Colossus já entrou na sociedade com 51% de participação na nova empresa. A Coomigasp ficou com 49%. Pouco depois, sempre com a anuência dos diretores da cooperativa ligados a Lobão, a Colossus conseguiu ampliar sua participação para 75%. 25 de julho de 2010 | 0h 00. Leonencio Nossa e Rodrigo Rangel - O Estado de S.Paulo
Histórias tenebrosas
Lobão e aliados articulam para dominar Serra Pelada
Leonencio Nossa e Rodrigo Rangel - Agência Estado
Uma operação articulada pelo senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão está por trás do projeto de retomada da exploração de ouro no lendário garimpo de Serra Pelada, no sul do Pará. A operação envolve pagamentos suspeitos a cabos eleitorais de Lobão e um emaranhado de empresas - algumas de fachada - abertas no Brasil e no Canadá.
O projeto de retomada da exploração do garimpo ganhou força quando Lobão esteve no comando do ministério, de janeiro de 2008 a março deste ano. Com aval do governo, a exploração será feita pela Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, empresa criada a partir de um contrato entre a desconhecida Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, no Canadá, e a Cooperativa dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), que reúne 40 mil garimpeiros e detém os direitos sobre a mina.
Este ano, por duas vezes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a programar visita a Serra Pelada para anunciar a reabertura do garimpo. Mas as duas viagens foram canceladas de última hora. Nas palavras de um auxiliar do presidente, a desistência se deu porque o Planalto avaliou que o acordo com a Colossus é prejudicial aos garimpeiros. "Os leões querem ficar com todo o ouro", disse o assessor.
Por ordem da Presidência, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e o ministério tiveram de firmar um termo de compromisso com a Colossus em que a empresa canadense se compromete a ajustar cláusulas do contrato com potencial de prejuízo aos garimpeiros. Até o fechamento desta edição nada havia mudado.
Como senador e depois como ministro, Lobão atuou pessoalmente em várias frentes, dentro e fora do governo, para possibilitar o negócio. Primeiro, operou para formalizar a Coomigasp como proprietária do garimpo.
Nos bastidores, ainda em 2007, como senador, Lobão atuou para conseguir que o governo federal convencesse a Vale, até então detentora da mina, a transferir à cooperativa seus direitos de exploração de ouro e outros metais nobres em Serra Pelada. A Vale submeteu a proposta a seu conselho de administração, que concordou em atender ao pedido de Brasília e, em fevereiro de 2007 assinou um "termo de anuência" repassando à cooperativa dos garimpeiros o direito de explorar a mina principal.
No ano passado, já com Lobão ministro, o governo fez nova gestão em favor do negócio e obteve da Vale os direitos sobre mais 700 hectares de Serra Pelada.
Ao Estado, o secretário de Geologia e Mineração, Claudio Scliar, que elogia o desempenho de Lobão na condução da reabertura de Serra Pelada, admitiu ser amigo de geólogos brasileiros que integram o comando da Colossus, como Pérsio Mandetta, Darci Lindenmeyer e Augusto Kishida. "O Darci chegou a ser meu chefe no passado", diz.
Garantido formalmente o direito da Coomigasp de operar no garimpo, Lobão lançou outra ofensiva. Desta vez, para tomar o controle da cooperativa. Num processo conturbado, marcado por ações judiciais e violência, garimpeiros do Maranhão ligados ao ex-ministro conseguiram assumir a Coomigasp.
É justamente nessa época que surge a Colossus. A proposta de contrato com a empresa foi aprovada a toque de caixa pelos associados da cooperativa. Pelo acerto, a Colossus entra com capital e tecnologia e a cooperativa cede seus direitos sobre a mina. Pesquisas autorizadas pelo DNPM indicam haver pelo menos 20 toneladas de ouro no subsolo de Serra Pelada. Geólogos com acesso às sondagens mais recentes afirmam, porém, que a quantidade pode passar de 50 toneladas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
sábado, 7 de setembro de 2013
Lobão montou esquema para reabrir e explorar Serra Pelada
Ex-ministro atuou para costurar contrato sobre a mina e controlar grupo de garimpeiros associado ao negócio
Uma operação articulada pelo senador e candidato à reeleição Edison Lobão (PMDB-MA) está por trás do projeto de retomada da exploração de ouro no garimpo de Serra Pelada (PA). O empreendimento ganhou força quando Lobão era ministro de Minas e Energia, entre janeiro de 2008 e março passado, informam LEONENCIO NOSSA e RODRIGO RANGEL. A exploração será feita por associação criada a partir de contrato entre a desconhecida empresa canadense Colossus com a Coornigasp, cooperativa dos garimpeiros que detém direitos sobre a jazida. Lobão atuou em várias e conseguiu que o governo convencesse a Vale a abrir mão de Serra Pelada - que tem de 20 a 50 toneladas de ouro. A mineradora diz não justificar o investimento. Além disso, um ex-assessor de Lobão costurou o contrato entre Colossus e Coomigasp. E garimpeiros ligados ao senador tomaram o controle da Coomigasp. O ex-ministro não comentou o caso. (Pàgs. 1 e Nacional A4)
Para o governo, acordo prejudica garimpeiros
O governo avalia que o acordo com a Colossus é prejudicial aos garimpeiros e mandou ajustar o contrato, o que ainda não foi feito. Por duas vazes, o presidente Lula programou visita a Serra Pelada para anunciar a reabertura, mas cancelou na última hora. (Págs. 1 Nacional A4)
Foto Legenda - Exploração manual. O garimpeiro Adenésio da Silva Alves carrega balde com cascalho em Serra Pelada . (Pág. 1)
Assassinatos marcam retomada da exploração de ouro em Serra Pelada
No período em que a Colossus, com sede em Toronto, no Canadá, fechou contrato com cooperativa local de garimpeiros para reativar a mineração, houve três execuções, um suposto suicídio e tiroteios, além de intervenção de coronel que fora agente do SNI
A violência marcou o período em que a empresa Colossus Minerals Inc., com sede em Toronto, e a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) fecharam contrato para explorar ouro no local. Houve três assassinatos, um suposto suicídio, tiroteios e a intervenção de um ex-araponga indicado pelo então ministro, hoje senador, Edison Lobão (PMDB-MA).
O Estado revelou ontem que o grupo de Lobão montou um esquema com empresas de fachada e caixa 2 e tomou o controle da Coomigasp para garantir a exclusividade na exploração do ouro subterrâneo da jazida, localizada no município de Curionópolis, na região sul do Pará.
Um dos assassinatos ocorreu em maio de 2008. A execução do sindicalista Josimar Barbosa, presidente afastado da Coomigasp e rival do grupo ligado a Lobão, facilitou o avanço da Colossus. Morto com 13 tiros por dois motociclistas até hoje não identificados, Barbosa tinha obtido na Justiça o direito de voltar ao posto.
À época, a Coomigasp estava sob controle de Valdemar Pereira Falcão, um dos aliados de Lobão. Na Justiça, Josimar alegou que o rival havia sido eleito em uma assembleia sem quórum. O argumento funcionou, mas a liminar não chegou a ser cumprida. Houve o assassinato.
Associados passaram a apontar o grupo de Valdemar como culpado. A contenda enfraqueceu a turma ligada a Lobão. Fragilizado, em outubro de 2008 Falcão pediu à Justiça do Pará que determinasse intervenção na Coomigasp. A desembargadora Maria Rita Lima Xavier aceitou o pedido e coube a Lobão, à época ministro de Minas e Energia, indicar o interventor. A parceria com a Colossus seguiu firme.
Velho amigo: Lobão indicou como interventor um velho amigo, o coronel da reserva do Exército Guilherme Ventura, ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI). Ele fora secretário de Segurança Pública do governo de Lobão no Maranhão, em 1993 e 1994, e tem no currículo ações de repressão a movimentos de posseiros.
Quando Ventura apareceu no garimpo, em 2008, a Colossus tinha fechado o primeiro contrato com a Coomigasp, que garantia à empresa participação de 51% na sociedade para extrair ouro.
Ventura enviou ofício à Justiça propondo varrer o povoado de Serra Pelada, transferindo os 7 mil habitantes para outra área. Fez uma lista de supostos criminosos do garimpo - todos contrários ao acordo com a Colossus.
Um dos mais destacados opositores do acordo com a empresa morreu em fevereiro de 2009. O corpo de José Ornédio de Lima, o Zé da Padaria, de 46 anos, e 0 da sua mulher, Vânia, foram encontrados no casebre em que viviam. A polícia concluiu que Vânia, em depressão, teria matado o marido e depois se suicidado.
A versão é contestada pelos antigos aliados de Zé da Padaria, também acusados de violência. Integrante de uma caravana de Imperatriz (MA) escalada para defender o contrato com a Colossus, Manoel Batista Oliveira morreu quando o ônibus em que viajava foi alvejado por atiradores, perto da entrada do garimpo.
Assessor eleito: Em janeiro de 2009, Ventura conduziu uma eleição para escolher o novo presidente da Coomigasp. O vencedor foi Gessé Simão, ex-vereador de Imperatriz e homem de confiança de Lobão, que nos anos 1980 assessorou o ex-deputado e ex-prefeito de Imperatriz Davi Alves Silva - assassinado em 1992.
Foi com Gessé no comando da cooperativa que a Colossus conseguiu fechar, em setembro de 2009, um aditivo aumentando para 75% a sua participação no negócio. Dois meses depois, o presidente da Coomigasp disse aos associados que haviam sido feitas "alterações" no contrato. Elas foram aprovadas por unanimidade.
Para lembrar: O senador Edison Lobão (PMDB-MA) atuou em várias frentes pela reabertura de Serra Pelada. Primeiro, articulou para formalizar a Coomigasp como proprietária do garimpo. Em 2007, ele conseguiu que o governo convencesse a Vale, até então detentora da mina, a transferir à cooperativa os seus direitos de exploração no local. Em 2009, já com Lobão ministro de Minas e Energia, a Vale cedeu à Coomigasp mais 700 hectares de área.
Na sequência, garimpeiros ligados a Lobão assumiram a entidade em um processo conturbado e violento. Nessa época, foi fechado o contrato entre a cooperativa e a empresa canadense Colossus, constituída por um emaranhado de pessoas judídicas, mas, na prática, controlada por brasileiros com ligações estreitas com o próprio Lobão. A Vale afirma não se interessar pela exploração da área.
Esquema de Lobão paga R$ 900 a 96 garimpeiros
Recursos são repassados pela Colossus, por meio de cooperativa de Serra Pelada, como 'ajuda social' aos moradores
A estratégia do grupo do senador Edison Lobão (PMDB-MA) para se apossar do ouro de Serra Pelada inclui o pagamento de um benefício mensal no valor de R$ 900 para 96 pessoas que vivem na área da antiga mina.
O esquema, batizado de "mensalinho da Serra", é alimentado por recursos repassados pela empresa Colossus à Cooperativa Mineral dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp).
A reportagem teve acesso a uma lista com nomes de beneficiários do mensalinho. Procurado para falar sobre o pagamento das mesadas, o diretor social da Coomigasp, Carlos Jovino, confirmou os repasses, que chamou de "contribuições".
"A empresa repassa o dinheiro como ajuda social", disse Jovino. "Esse dinheiro não é dinheiro garantido por contrato, a empresa que está dando uma ajuda mesmo."
Os beneficiários do esquema não prestam serviço à cooperativa. Eles só comparecem na Coomigasp uma vez por mês para receber a mesada.
Ex-diretor da entidade e um dos opositores do grupo de Lobão, o sindicalista Edinaldo Aguiar diz que o esquema de mesadas foi a forma encontrada pela empresa para conseguir calar os garimpeiros que costumavam ter um posicionamento crítico dentro da cooperativa.
Assistencialismo: A empresa canadense recorreu a velhas práticas assistencialistas e políticas para ganhar a confiança e a simpatia dos garimpeiros, trabalhadores reconhecidos pela postura independente e o temperamento arredio.
Além do "mensalinho", a Colossus realizou, até agora, três festas para distribuição de cestas básicas a famílias do povoado onde está a mina.
Além disso, para amainar a poeira do começo da tarde nas ruelas de Serra Pelada, paga uma empresa de caminhões-pipa para esguichar água sobre o chão batido.
O diretor da Colossus Darci Lindenmayer diz que a empresa é apenas uma "aliada" da prefeitura na distribuição de cestas básicas. Lindenmeyer afirma que a empresa já gastou R$ 800 mil em "ações sociais" na área do projeto. Ele diz, orgulhoso, que a ação social da Colossus vai muito além das cestas. A empresa, observa, reformou o hospital de Curionópolis, o posto de saúde e a Escola Maria Antônia Pimenta de Moura, em Serra Pelada.
Novo escritório: Quem anda pelo antigo garimpo, porém, tem outra impressão da chegada da empresa ao lugar. A Escola Municipal Novo Morumbi foi fechada pela prefeitura e repassada para a Colossus, que deverá aproveitar a estrutura para instalar um escritório.
Desde o declínio do garimpo de Serra Pelada, no final dos anos 1980, os moradores do povoado não têm alternativas de renda e emprego.
A exploração do ouro depende do processo de mecanização. Mesmo assim, ainda hoje, dezenas de garimpeiros tentam encontrar o metal na superfície, de forma manual.
Para aprovar acordo, promessas e orações
Empresa foi apresentada como gigante canadense que queria investir no Brasil
A assembleia que aprovou o contrato com a Colossus se deu em meio à disputa pelo comando da cooperativa dos garimpeiros. A reunião, em 5 de julho de 2007, foi convocada pelos líderes garimpeiros ligados ao senador Edison Lobão. Era o prazo final para que as empresas interessadas em se associar à cooperativa apresentassem as propostas.
Estava tudo combinado. Garimpeiros concentravam-se num galpão próximo à mina quando apareceu a única proposta, levada por uma figura até então desconhecida na área, o geólogo Heleno Costa, representante da Colossus. A empresa foi apresentada como uma gigante canadense que queria investir no Brasil.
O vídeo da reunião - que virou DVD e é vendido em um boteco do garimpo, junto com cópias de documentários sobre a história de Serra Pelada - mostra o esforço do grupo de Lobão para aprovar a parceria. Do tablado da assembleia, microfone à mão, eles apelavam a discursos emocionados. Puxavam até orações em prol do negócio.
O contrato, diziam, seria a tábua de salvação para milhares de garimpeiros pobres que ainda sonham em mudar de vida graças ao ouro.
Parte da plateia era de supostos garimpeiros levados do Maranhão em caravanas lideradas por Gessé Simão, o atual presidente da Coomigasp e um dos mais fiéis aliados de Lobão no garimpo.
Ao longo do tempo, a lista de associados foi sendo inflada com migrantes pobres do interior maranhense, Piauí e até do Entorno de Brasília.
Em 2006, cerca de 4.500 garimpeiros estavam no cadastro da cooperativa. Atualmente, esse número chega a 43 mil pessoas.
Colossus, uma gigante estranha e sem rosto
Nem o presidente informa direito quem é quem na empresa. E no Canadá os responsáveis não aparecem para ninguém.
O gigantismo empresarial da Colossus se limita ao papel e aos discursos dos defensores do projeto em Serra Pelada. A empresa foi aberta em 2006, especialmente para o projeto de extração de ouro no Sul do Pará. Na prática, ela é controlada por um grupo de brasileiros bem relacionados no Ministério das Minas e Energia e com ligações estreitas com o próprio Edison Lobão.
No papel, o presidente da empresa é o geólogo Heleno Costa. Mas são tantas as pessoas jurídicas envolvidas no negócio que mesmo os diretores se confundem. O próprio Heleno diz não ter relação com a Colossus Brasil. "Eu sou vice-presidente da Colossus Internacional", afirmou ele ao Estado na quarta-feira, por telefone.
Recém-saído de um modesto projeto de mineração no interior do Tocantins, o geólogo demonstra que não conhece a fundo o confuso emaranhado de pessoas jurídicas que orbitam o negócio do qual, em tese, é um dos responsáveis.
Perguntado, por exemplo, sobre do ano de criação da empresa no Canadá, ele não soube responder. "Não sei dizer", admitiu. Também não sabia o nome do presidente da empresa, que afirmou ser "um inglês". Foi preciso que uma voz feminina, ao fundo, soletrasse: "R-a-n-d-y R-e-i-c-h-e-r-t".
Endereço canadense. Há outros pontos nebulosos na história. Em Toronto, o Estado visitou o endereço da Colossus. No escritório, num prédio comercial encravado no coração financeiro da cidade, apenas uma secretária dava expediente. A reportagem tentou falar com os dirigentes canadenses da empresa. Em vão. "Não tem nenhum diretor aqui hoje", adiantou a secretária.
Ela se comprometeu a agendar uma entrevista com os diretores, o que nunca aconteceu. O Estado também tentou contato com Kristen Le Blanc, apresentada no site da Colossus como relações-públicas da empresa. Também sem sucesso.
Às autoridades fiscais brasileiras, a Colossus canadense informou outro endereço: uma sala no número 130 da King Street West, onde funciona a Bolsa de Valores de Toronto. O prédio é o mesmo onde deveria estar outra empresa, a Maple Minerals, que até pouco tempo atrás aparecia na sociedade da Colossus.
No lugar, porém, não há nenhum vestígio das duas empresas. Pela caixa postal informada, uma pista: é a mesma da Pinetree Capital, um fundo de investimentos que já esteve sob investigação da Ontario Securities Comission (OSC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), encarregada de fiscalizar o mercado de ações no Brasil.
No Brasil, o braço local da Colossus funciona num escritório no bairro Funcionários, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
O endereço é o mesmo da Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento Mineral, a joint venture formada em sociedade com os garimpeiros, e da Mineração Fazenda Monte Belo, que nos registros da Junta Comercial mineira aparece como sócia minoritária da empresa. Na pequena placa dependurada na porta, porém, só há referência à Colossus. A recepcionista diz que nunca ouviu falar da Monte Belo. "Eu sou nova aqui", desconversa.
Ações. Sabe-se que, para arrecadar dinheiro a ser investido no projeto Serra Pelada, a Colossus canadense abriu seu capital na Bolsa de Toronto. Com a promessa de sucesso em suas operações em busca de ouro na Amazônia brasileira, a empresa passou a oferecer suas ações no mercado. O dinheiro arrecadado já começou a desembarcar por aqui, mas por enquanto seu destino principal têm sido as contas da cooperativa de garimpeiros controlada pelos aliados de Lobão.
Autor: Rangel, Rodrigo ; Nossa, Leonencio
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/07/2010, Nacional, p. A4/8
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