"Não existe corrente forte com elos fracos"

sábado, 25 de fevereiro de 2012

GOVERNO FEDERAL VAI APERTAR A COLOSSUS

Publicado em 24/02/2011/sexta-feira.
Por Agasp Brasil
O secretário de Geologia e Transformação Mineral, Claudio Scliar (foto) , disse ontem que o Ministério de Minas e Energia não irá permitir qualquer tentativa de diluição dos 25% que os garimpeiros terão direito com a produção da mina de Serra Pelada e que exigirá da empresa canadense Colossus Minerals, parceira da Coomigasp, o total cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
O secretário Scliar convocou para o próximo dia 1º de março, às 11 horas, o presidente da Colossus, Paulo de Tarso Serpa Fagundes, e o presidente da Coomigasp, Gesse Simão de Melo, ambos para uma reunião no MME em Brasília. As providências do Ministério de Minas e Energia neste sentido foi para atender a uma solicitação da Agasp Brasil, que pediu diretamente ao ministro Edison Lobão que exigisse informações a Colossus sobre a data certa do inicio da produção da mina, prometida para este ano de 2012, e cobrasse os relatórios atualizados dos resultados das pesquisas realizadas na área dos 100 hectares da cooperativa. Essas informações vinham sendo negadas pelo grupo canadense ao ignorar os pedidos feitos pela cooperativa.
“Temos o dever e a obrigação de não deixar que os garimpeiros de Serra Pelada tenham seus ganhos reduzidos por conta dos investimentos feitos pela Colossus”, disse Claudio Scliar diretamente ao presidente da cooperativa, Gesse Simão, durante um encontro ocorrido ontem pela manhã no quarto andar do MME.
DINHEIRO ANTECIPADO
O secretário Claudio Scliar foi taxativo ao afirmar que a Colossus terá que garantir um adiantamento antecipado aos garimpeiros até que a produção da mina se concretize. A cobrança por uma antecipação aos garimpeiros sócios da Coomigasp foi defendida pela Agasp Brasil durante as pré-assembleias ocorridas nos dois meses que antecederam a grande assembleia-geral que elegeu a nova diretoria da cooperativa em 29 de janeiro passado. O assunto vai fazer parte da pauta da reunião do próximo dia 1º. O secretario Scliar tem o mesmo entendimento da Agasp Brasil. “Se o Projeto de Desenvolvimento Mineral de Serra Pelada, tocado pela SPCDM, conseguiu captar alguns milhões de dólares junto à Bolsa de Toronto nos últimos quatro anos, como os garimpeiros sócios da cooperativa não podem, também, ter um dinheiro antecipado antes da produção da mina?”, questionou.
COMISSÃO FISCALIZADORA
Tudo indica que também seja acertado entre o governo e a parceria Coomigasp/Colossus a formação imediata de uma comissão de fiscalização e controle das obras de implantação da mina de Serra Pelada. O MME não aceita que apenas os técnicos e funcionários da Colossus tenham pleno acesso ao túnel enquanto esse mesmo direito é vedado aos demais diretores da cooperativa. Na concepção da Colossus, apenas o diretor de produção da Coomigasp, garimpeiro sem nenhum conhecimento na área da geologia e da mineração, tem a permissão de adentrar na área. A ideia do Ministério de Minas e Energia é formar a comissão fiscalizadora constituída por diretores e dirigentes da Agasp Brasil, Singasp , além de um geólogo ligado ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM.
QUEM NÃO SE COMUNICA, SE TRUMBICA
A relação entre garimpeiros e Colossus azedou com a entrada de Paulo de Tarso (foto), como chefe de operações da mina, contratado que foi em maio do ano passado pela empresa canadense. Para os garimpeiros, ele é uma incógnita. Diferente de todos os outros diretores que já passaram pela Colossus, Paulo de Tarso nunca se aproximou do povo garimpeiro nem mesmo numa única reunião da Coomigasp eventualmente realizada em Curionópolis. Lá, ele não comparece nem mesmo para atender aos pedidos do presidente da cooperativa Gesse Simão. Um ato deselegante por parte do parceiro, comportamento de quem não tem a dar realmente nenhuma satisfação aos proprietários da mina. Pelo menos, aos proprietários brasileiros.
Isso é uma lástima. A SPCDM, empresa criada pela Coomigasp e pela Colossus, que toca a implantação da mina, e que irá explorar o ouro existente na área dos 100 hectares, continua fechadíssima dentro do canteiro de obras. Ninguém entende por que a SPCDM não possui sequer um site e uma política de comunicação externa como a maioria das grandes e sérias empresas que atuam em todo o mundo. O Grupo EBX, pertencente ao empresário brasileiro Eike Batista, cada uma de suas 12 empresas possui um site de informações. A Vale, o Grupo Votorantim, a Andrade Gutierrez e a Mineração Fazenda Brasileio, em Teofilândia, na Bahia, da canadense Yamana Gold Inc, em que o Sr. Paulo de Tarso já trabalhou, podem ser encontradas na internet com informações sobre as suas respectivas atividades. A SPCDM, não. O engenheiro gaúcho Paulo de Tarso Serpa Fagundes e a própria Colossus terão que mudar esse arcaico conceito fechado de que só interessa para eles se comunicarem, em inglês canadense, com as velhinhas aposentadas que costumam investir o dinheiro que tem na bolsa de valores de Toronto. A continuar assim, vai terminar quebrando com o projeto.
PÁRA COM ISSO, JAIRO!!!
O diretor jurídico da Coomigasp, Jairo Leite, anda reclamando por aí das posições tomadas pela Agasp Brasil ao cobrar da Colossus informações sobre o tamanho real da mina e a data certa do inicio da produção do ouro de Serra Pelada. Jairo acha que não temos nada com isso quando defendemos os garimpeiros. Temos sim! O companheiro Jairo devia era agradecer a Agasp por está fazendo um papel que deveria ser o dele, já que é um dos membros representantes da Coomigasp no conselho deliberativo da SPCDM.
PRÉ-ASSEMBLÉIA DA COOMIC
Devido às fortes chuvas que caem no interior do Pará, deixando as rodovias em estado deplorável, o presidente da Coomic, Raimundo Lopes, resolveu cancelar a primeira pré-assembleia de Altamira, que estava marcada para este domingo. O presidente da Coomic manteve as pré-assembleias de Breu Branco, que acontecerá no dia 27 (segunda-feira), às 15 horas; Goianésia, dia 28, (quarta-feira), às 09 horas; Jacundá, às 15 horas, e, no dia seguinte, em Rondon, às 9 horas.
Raimundo Lopes convocará para o dia 25 de março a assembléia geral para prestação de contas e eleição do novo Conselho Fiscal da cooperativa. Os líderes garimpeiros Francisco Correia Oliveira, que irá disputar a presidência do Conselho Fiscal, além de Paulo Dorta da Silva e Vicente Araujo, que integrarão a chapa, têm o apoio amplo da sociedade. O presidente anunciou ainda que está previsto para o inicio do mês de março o processo de sondagens geológicas na área dos 629 hectares da Cutia, cujo trabalho será realizado pela parceira Grifo Geologia e Participações. O presidente da Agasp Brasil, Toni Duarte, e o presidente do Singasp, Raimundo Benigno, estarão presentes nas pré-assembléias da Coomic.

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