Em 8 de fevereiro de 2009, Duarte relata a reunião da nova diretoria “eleita” para a Coomigasp com o Ministro: “O presidente eleito da Coomigasp, Gessé Simão, no encontro que terminou ainda pouco no Ministério de Minas e Energia, conseguiu do Ministro Edison Lobão a garantia de liberar o tão sonhado
alvará de lavra em cinco minutos, desde de que a cooperativa conclua logo as pesquisas geológicas. Gessé também disse que a sua gestão fará de tudo para concluir o processo de sondagens que foi duramente interrompido por mais de sete meses. Ele pediu ajuda ao ministro para que seja retirado da área dos 100 hectares um grupo de sem-terra que vem causando problema para a cooperativa dos garimpeiros. Entendimento neste sentido será feito pelo ministro Lobão diretamente com o ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Luiz Dulci. A questão da conta paládio também foi debatida. O ministro disse que até agora não havia sido resolvida essa questão por indefinição jurídica da diretoria da cooperativa. Mas que agora tudo estava na legalidade e que a Caixa Econômica não tem nenhuma razão para não devolver aquilo que é dos garimpeiros. Ele falou que apenas tem que se tomar muito cuidado para que esse dinheiro não vá parar nas mãos de alguns que entraram na justiça com olho nessa quantia. O ministro parabenizou Gessé Simão pela grande vitória obtida nas ultima eleições”.
No dia seguinte, 9 de fevereiro, Toni Duarte posta um vídeo do próprio senador Edison Lobão declarando: “eu estou agora na esperança de que todas aquelas dificuldades que nós tivemos que enfrentar no passado tenham desaparecido com a eleição de Gessé e seus companheiros para a presidência da Cooperativa de Serra Pelada (...) Sobre a questão do paládio [conta na CEF, com recursos de sobras históricas do garimpo], até hoje não se resolveu por conta exatamente desta indefinição na direção da cooperativa da Serra Pelada, a indefinição que agora desaparece com a eleição da nova diretoria e a maneira como ela foi feita. Creio que a Caixa Econômica não terá mais razões para não liberar os recursos dos garimpeiros”.
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